Marcha pela Saúde

Feminismos

Com o agravamento da crise económica as desigualdades tendem a acentuar-se e no que se refere à perda de direitos, os que não os têm, ver-se-ão a anos luz de os obter. Perante este quadro é muito importante o combate à feminização da pobreza. Actualmente deparamo-nos ainda com uma diferença salarial significativa entre homens e mulheres e uma diferenciação das classes laborais consideradas maioritáriamente femininas ou masculinas sendo que as "tarefas femininas" auferem, em média, um salário mais reduzido. Uma marca desta discriminação de género está presente na declaração feita à Regus na qual 57% das empresas entrevistadas afirmarem que valorizam as mulheres trabalhadoras porque oferecem experiência e conhecimentos sem exigirem salários tão elevados.

Com os despedimentos em massa, a mulher poder-se-á tornar um alvo preferencial e podemos assistir ao despedimento ou não contratação de mulheres por motivos de maternidade, seja porque está grávida ou planeia vir a estar ou ainda por ter filhos menores que carecem de uma maior assistência. Segundo esse mesmo estudo da Regus 3 em cada 4 empresas que vão recrutar trabalhadores em 2011 assumem que deixarão de fora mães trabalhadoras.

Pela Paz no Mundo, Mulheres dizem Não ao Militarismo e à NATO! Lisboa, 19 de Novembro de 2010

Antes do mais, e em nome da coordenação portuguesa da MMM, agradecer a presença de todas e todos quantos ousaram deslocar-se a este local para debater um tema tão importante como é o da crescente militarização do mundo e as consequências nas vidas das pessoas.

Lisboa e, quem por cá vive ou passeia, é desde o início da semana e entre hoje e amanhã uma cidade sob suspeita: voos cancelados, percursos alterados, transportes suspensos, pontes fechadas, pessoas revistadas, fronteiras de novo fechadas e até se decreta tolerância de ponto em Lisboa. Deste modo, os poderosos e os senhores da guerra podem reunir sem constrangimentos e tranquilamente definir um novo conceito estratégico para a NATO que vai definitivamente alargar e aprofundar o seu carácter agressivo. É irónico e trágico que em tempos de crise, os gastos extraordinários envolvidos nesta cimeira de Lisboa sejam afinal irrelevantes para os nossos governantes.

Decorreu, em Angra do Heroísmo, nos dias 22 e 23 de Outubro, um encontro formativo da UMAR dedicado às perspectivas de investigação e intervenção mais recentes na violência de género. A desconstrução do pensamento misógino e dos comportamentos machistas e sexistas (na sua forma hostil ou subtil) constituiu-se como elemento central neste encontro formativo.

As perspectivas dominantes sobre a masculinidade e a feminilidade e sobre a violência de género nas relações de intimidade conduzem a análises inadequadas do problema e a uma intervenção ineficaz, podendo resvalar para a culpabilização das vítimas e a desculpabilização dos agressores. O sexismo e o machismo consistem em preconceitos que condenam antecipadamente as mulheres e justificam os homens violentos.

Assistimos, muitas vezes, ao desenvolvimento de teorias que pretendem fazer o paralelismo entre a vida social dos seres humanos e o comportamento dos primatas, querendo, com isto, atribuir um carácter imutável, genético e ‘natural’ à submissão das mulheres e à violência masculina. Pena é que não se decidam a ir viver nas cavernas e ignorar os milénios de racionalidade, progresso e desenvolvimento da nossa comum (homens e mulheres) humanidade.

87 Medidas para 10 áreas fundamentais

A UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta - pretende, com o presente Manifesto, confrontar os partidos políticos que concorrem às eleições de 2009 com um conjunto de questões que integram a agenda política feminista para os próximos tempos. Terminada a luta pela despenalização do aborto que absorveu, durante três décadas, grande parte das energias dos feminismos em Portugal, novos espaços de reflexão e de intervenção se abrem onde coexistem novas e "velhas" causas: tráfico de mulheres; violência de género e conjugal; condições sociais para a paridade; discriminações na área do trabalho; desigualdades salariais entre mulheres e homens; maternidade/paternidade; usos e gestão do tempo; direitos ambientais; sexismo na linguagem e nas atitudes; educação; saúde; direitos LGBT; mutilação genital feminina; direitos das mulheres imigrantes; participação política, social e económica; situação das mulheres que prestam serviços sexuais; as questões do cuidado com idosos/as e crianças; a valorização dos estudos feministas e de género.

Manifesto [formato pdf] »» | Manifiesto Feminista - Tradução de Anke Kessler - castellano [pdf] »»

 

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